Jan 22
Vicente de Saragoça e Beata Laura Vicunha, v., +1904

Vicente de Saragoça 


Vicente de Saragoça foi um mártir do início do século IV que sofreu o martírio em Valência (Espanha).


É o santo padroeiro de Lisboa, em cuja Sé se encontram algumas das suas relíquias.


Durante o Império de Diocleciano, o delegado imperial Daciano moveu na Ibéria uma perseguição aos cristãos. Vicente recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304.


Em Portugal é representado de modos diversos: com palma e evangeliário ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, em 1173, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de S. Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas.


 


Em França, S. Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e tem como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio.


 


Beata Laura Vicunha


Laura Carmen Vicuña nasceu em Santiago do Chile em 1891.


 


Com a morte inesparada do pai, a mãe buscou abrigo com as duas filhas na Argentina.


 


Em 1900, Laura foi recebida no Colégio das Filhas de Maria Auxiliadora; no ano seguinte fez a primeira comunhão e, como são Domingos Sávio, fez o propósito de amar a Deus com todo seu ser, mortificando-se e morrer, mas não pecar; tornar conhecido Jesus e reparar as ofensas contra Ele.

Depois de ter percebido que a mãe vivia em situação de pecado, ofereceu-se a Deus pela conversão dela; acentuou a ascese e, com o consentimento do confessor, abraçou com voto os conselhos evangélicos.


 


Consumida pelos sacrifícios e pela doença, confiou na última noite: "Mãe, eu estou morrendo! Pedi a Jesus faz tempo, oferecendo-lhe a minha vida por ti, para obter a tua volta a Deus... Mamã, antes da morte não terei a alegria de ver-te arrependida?".


 


Com esta alegria morreu na noite de 22 de janeiro de 1904.

Seus restos mortais encontram-se na capela das Filhas de Maria Auxiliadora em Bahia Blanca (Argentina).


 


Laura, poema de candura, de amor filial, de sacrifício, foi beatificada por João Paulo II a 3 de setembro de 1988 no Cole das Bem-Aventuranças Juvenis, junto a Castelnuovo Dom Bosco (Asti - Itália).


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